Texto - Carlos Eduardo Ozório
Foto - Gustavo Aragão (GracieMag)
(Rodolfo - por baixo - na vitória sobre Bruno Bastos)
Rodolfo Vieira é mais um exemplo de rápida ascensão no mundo da luta. Em 2007, era um desconhecido faixa azul, mas, a partir daí, com uma série de vitórias, já é um dos grandes nomes da luta de chão mundial. As mudanças de graduação vieram com a mesma velocidade que conquistou grandes títulos. O mais recente foi no fim de semana passado, quando o faixa-marrom bateu nomes consagrados como Antonio Braga Neto e Bruno Bastos para vencer a edição brasileira do Abu Dhabi Pro.
"Em 2007 ainda era faixa-azul, meu primeiro ano de adulto. Ganhei o Brasileiro no peso e absoluto. Venci dez lutas e finalizei oito. Logo depois peguei a roxa e, em 2008, depois de alguns campeonatos, venci o Brasileiro novamente no peso e absoluto, tendo finalizado oito das nove lutas. O mestre Julio Cesar me deu a faixa-marrom, foi aquela surpresa, e já lutei o Mundial na Califórnia, onde venci o absoluto e não lutei no peso porque machuquei o dedo", comentou o menino prodígio da GFTeam, citando apenas os títulos mais importantes.
Na fase brasileira do Abu Dhabi Pro, Rodolfo teve a pressão de lutar contra faixas-pretas consagrados e atletas menos graduados.
"No sábado lutei com dois faixas-roxas e fiquei nervoso. Igual deveriam pensar os faixas-pretas que enfrentei, contra os roxas ficava na cabeça a obrigação de vencer. Mas deu tudo certo e finalizei a primeira luta no pescoço e a segunda com um triângulo. No domingo, lutei contra o Antonio Braga Neto. Consegui derrubar, ele me raspou e, no fim, ganhei uma vantagem, que me deu a vitória. A semifinal final foi uma luta bastante dura contra o Bruno Bastos. Ele me puxou e ficou na posição forte dele. Acabou que ele me capotou e recebeu dois pontos pela raspagem. Recebi uma vantagem por quase raspar e a luta voltou em pé. Faltava pouco tempo e sabia que ele ia me puxar para a guarda, então, quando ele foi fazer isso, não esperei. Entrei nas pernas e consegui os dois pontos, graças a Deus. Na final contra o Antonio Peinado, ficamos trocando muito a pegada em pé, acho que entrei mais nas quedas e no final o juiz me deu a vitória", comentou Rodolfo, que também disse qual será o foco este ano.
"Meu foco principal agora será o Mundial Profissional em Abu Dhabi, que será uma competição que abrirá muitas portas. Vou treinar bastante para isso e logo em seguida vem o Brasileiro e o Mundial. São essas três competições, mas vou focar uma de cada vez", contou.
Além da luta de quimono, Rodolfo também vai bem no submission. Na seletiva brasileira para o ADCC ficou em terceiro, tendo eliminado feras como Eduardo Telles, e foi o único lutador que enfrentou André Galvão e não bateu. Ele aguarda agora um convite para o evento principal, mas espera que outro lutador seja chamado antes.
"O Leo Cabral, que é o empresário da nossa equipe, mandou um e-mail para o ADCC, mas até agora não recebemos resposta. Li em algum lugar que talvez o André Galvão não lute por causa do MMA e que poderia ir o Bruno Bastos, que ficou em segundo na seletiva, no lugar dele. Se eu não lutar, não ficarei triste, porque o Bruno é um cara que merece muito. Se ele for, ficarei feliz por ele", falou o lutador, que agradeceu aos que o apóiam na jornada de competições.
"Treino na GFTeam com o mestre Julio e na Pro Combat, em Campo Grande, com o Gabriel Marinho. Faço preparação com o Rafael Benacci, que está dando a maior moral para a galera, com um treino físico fora do normal. Gostaria muito de agradecer a todo esse pessoal da GFTeam e ao professor Julio, que está sendo muito importante na minha vida", finalizou.
PDL